Recentemente dois bebês de amigos que gostamos muito, ficaram internados (os corações de mãe da Mariah da Thais com certeza ficaram apertadinhos).
No período das internações oramos e torcemos muito pelas famílias e pelos bebês.
Isso me fez lembrar que na minha gestação, os médicos indicavam em todo ultrassom, uma dilatação acima do normal no rim direito do meu pequeno bebê.
O ultrassom pra mim sempre foi um momento ultra esperado, mágico em que eu me sentia mais próxima do meu pequeno e se deixassem eu ficaria o dia todo lá... só admirando meu Ricardo.
Tinha uma escala de perigo e a cada ultrassom, olha o perigo lá!
Havia uma grande possibilidade de cirurgia após o nascimento.
Bom, posso dizer que ele nasceu bem, foram feitos os exames necessários e como por passe de mágica, o rim estava perfeitamente normal e não precisamos nos preocupar mais com isso... até ele completar 1 mês.
Bastante tempo né? rsrsrs
Claro que não!! Foi um super susto!!!!
Com três semanas de vida, começou a ter febres que não baixavam com a medicação e não sabíamos o que fazer.
Fomos a pediatra, consultamos uma segunda, uma terceira e uma quarta opinião, até que encontramos um médico que internou o Ricardo, com uma suspeita de infecção urinária. Ele refez exames de sangue, ultrassom dos rins, tudo, tudo, tudo.
Ele explicou que nessa fase da vida, um menino com infecção urinária podia representar várias coisas, inclusive algum tipo de má formação, como estreitamento do ureter por exemplo.
Foram alguns dias de tortura para meu coração de mãe inexperiente e de primeira viagem.
Meu pequeno ficou tão incomodado com toda a rotina do hospital que se ele sentisse mais de duas mãos encostarem nele, começava a chorar desesperadamente!
Foram dias horripilantes, cheios de tristeza e incerteza, mas fiquei ao lado dele, grudada ao pequeno o tempo todo!
Não conseguíamos suportar ver o acesso de soro na mãozinha, ainda tão magrinha do nosso pequeno.
No final, nada de má formações nem infecções ficaram comprovadas. E como mágica, tudo desapareceu. Pra mim isso só tem um nome: Milagre!
Sou grata ao Pai Celestial por esse milagre e por tudo que aprendemos com esse episódio.
A primeira médica achou que a febre passaria com mais alguns dias de tylenol.
O segundo médico receitou um remédio injetável que todos os locais se negavam a aplicar por causa do pouco tempo de vida que ele tinha, e depois descobrimos que esse remédio poderia deixar meu pequeno com um percentual significativo de perda auditiva.
O terceiro médico disse que não conseguiria avaliar a situação sem um exame de liquor, tinha que fazer uma punção lombar (foto ilustrativa) o que significava enfiar uma agulha na coluna vertebral do meu pequeno com um mês de vida!
Eu e maridão não nos sentimos tranqüilos com esta orientação e não permitimos que fosse feito naquele momento. Foi a primeira vez que me vi questionando uma orientação médica, mas sentimos que esse não era o melhor caminho.
Com tudo isso aprendi a confiar mais nas coisas que sinto em relação ao meu pequeno, acredito que, em parte, seja o extinto materno.
A ligação que a mãe tem com o filho é tão profunda e acho que tudo que a gente vivencia com eles, conversas, amamentação, banho, brincadeiras, canções, histórias, tudo, reflete na relação afetiva e de confiança que eles estabelecem com a gente.
Pra quem me conhece, já deve imaginar, que foram dias regados por muuuuuuuuuuuitas lágrimas, mas me fortaleci.
Meu pequeno provou que é forte e superou os dias de hospital!! As vezes ainda acordava meio assustado quando voltamos para casa.
Essa experiência me mostrou que nessas horas temos que decidir por uma pessoinha que depende totalmente da gente; e dependendo do nosso discernimento ou a falta dele, as conseqüências podem ser irreversíveis.
Aprendi que o apoio das pessoas que amamos e dos amigos nessas horas vale mais que ouro!
Aprendi que ter o amor da minha vida ao meu lado nessa hora foi maravilhoso!
Aprendi tb que coração de mãe é MUUUUUUUUITO forte!!!
Não tenho dúvidas que milagres acontecem todos os dias!!!
