28 fevereiro 2011

Como a gente vira mãe - O dia que tudo começou...




A partir do dia 03 de setembro de 2008 minha vida nunca mais foi a mesma, e tenho certeza absoluta de que nunca mais será!
Depois de oito horas e meia em trabalho de parto, nasceu o Ricardo. E foi aí que eu me dei conta de um mundo inteiramente novo se abrindo.
E passei a me questionar como eu podia ter vivido até então sem o mundo que permeava a maternidade.
Minha bolsa estourou às 3 h da manhã e seguido disso vieram as contrações, dilatação...
A um certo ponto do processo, lembro da enfermeira vindo me perguntar se eu queria que chamasse o anestesista, eu perguntei: com quantos dedos estou de dilatação. A resposta foi 6 e aí estava a minha resposta; pensei: quem conseguiu chegar aos 6, (com um histórico familiar totalmente desfavorável) consigo chegar aos 10!!
E cheguei!
Conforme a orientação do Dr. Mauro, fiz muita força, tanta que nem sabia que tinha....rsrsrs
O Ricardo tinha uma volta do cordão umbilical enrolado no pescoço, o que contribuiu para um rostinho quase roxo e um corpinho bem branquinho. Não chorou de cara, o que me deixou extremamente preocupada! A nota do apgar não foi boa, mas ele estava bem. Parou de chorar quando o rostinho dele encostou em mim. E esse momento de apenas segundo foi mágico!
Eu queria muito ter amamentado na sala do parto, mas ele precisou ir para o oxigênio e lá ficou por 6 intermináveis horas!!!!
Ao chegar no repouso, vi um literal campo de concentração. Tinha mulheres com muita dor, sonda, etc, mas eu me sentia bem e pronta para tomar um banho, afinal eu tinha feito muito esforço e suado muito!!!
Eu estava me sentindo tão bem que passei praticamente sozinha de uma maca para a outra e a enfermeira até brincou perguntando se eu não ia para a Sapucaí? Rsrsrs
Chegando no quarto da maternidade outra enfermeira me disse que eu só podia tomar banho às 23h, aí eu quase morri, tudo que eu precisava era tomar banho e pegar meu pequeno no colo!
“Descobriram” que eu era a ET que tinha tido o bebê por parto normal e me acompanharam num banho que foi libertador! Ufa!
Quando o Ricardo subiu para o andar, uma boa alma me viu olhando pelo vidro, se comoveu e deixou que ele fosse para o quarto, mesmo não sendo o horário etc.
Meu pequeno trouxe sentimentos bem confusos, mas todos bons.                                   
Eu logo quis amamentar, e deu certo! Ele fez a pega direitinho, parecia que tinha nascido pronto pra isso. E eu tb!!
É claro que amamentar dói, não vou mentir! Mas isso é assunto para um outro post...
E foi assim que a minha história como mãe começou...